sábado, 12 de dezembro de 2009

E no final o que resta...

"Às vezes, acho que existe um sistema de cotas para a dor, e nem todas conseguem entrar. Ou, então, que há um limite (a ser preenchido durante a vida), a partir do qual nada mais dói, mesmo quando se dedicam a isso fervorosamente! Já para outros, a vitória sobre alguém é tão decisiva e tão significativa que é melhor vencerem, mesmo. Ninguém pode perder num jogo que não é o seu. E o meu único é este aqui: diante de uma tela em branco. Daí, o que importa se me bateram, se de tudo, de tudo! posso escrever uma história? Mas nem se me arrancassem as mãos ou os olhos: eu nunca vi alguém que pudesse roubar do outro a sua sensibilidade ou o seu poder de comoção."

Rita Apoena (ritaapoena.blogspot.com)